INTRODUÇÃO
A narrativa do paralitico do tanque de Betesda, é sem dúvida uma das mais interessantes e mais intrigantes da Bíblia. Alguns questionam a veracidade desta história, outros associam o evento que ali ocorria a práticas pagãs. Não vamos nos prender nesses detalhes, mas nos fatos narrados pelo evangelista João. João era um dos doze discípulos de Jesus, e o escritor do evangelho que leva seu nome. João, sem dúvida, foi testemunha ocular dos fatos por ele narrados nessa passagem. Isso significa que o que foi registrado por ele tem veracidade e também autoridade pois foi narrado por um apóstolo de Jesus. O paralitico do tanque de Bestesda, é um exemplo nítido de superação, perseverança, fé. Sua vida repleta de problemas e desafios nos ensina a lição de que com Cristo, é possível dar a volta por cima. 1. AS TRÊS CLASSES DE ENFERMOS
Os cegos
Os cochos
Os paralíticos
Todos estavam ali por causa de uma esperança de cura ou milagre de Deus
Todos dependiam, no geral, da mesma condição “o movimento das águas”. Se não houvesse o movimento das águas não haveria possibilidade de milagre.
A dependência da multidão de enfermos era praticamente a mesma: Deus deveria enviar um anjo, que por sua vez deveria mover as águas, o doente deveria ser o primeiro a descer as águas, com ajuda de alguém para então ser curado.
2. UMA ESPERANÇA QUASE SEM ESPERANÇA
Cada grupo de enfermos que ali se encontrava possuía suas dependências particulares, todos, no geral, dependiam de terceiros para que pudessem chegar ao tanque.
Os cegos. Este grupo tinha uma vantagem sobre os demais (a capacidade de se locomover”, sua desvantagem, no entanto, estava no fato de não possuírem a faculdade da visão; um fator tão importante, visto que, esperavam o mover das aguas. Este grupo deveria utilizar-se do sentido da percepção e audição. Poderiam não ver, mas poderiam ouvir ou perceber o mover das aguas. No entanto, a ocasião leva-nos a crer que usar estes sentidos era impossível aos cegos, por causa da grande multidão que ali se encontrava. O barulho, sem dúvida era enorme, impedindo-os de ouvir ou perceber as aguas em movimento.
Os cochos. Este grupo tinha certa vantagem sobre o primeiro. Poderiam ver o momento do mover das aguas, sua desvantagem, no entanto, estava no fato de que se locomoviam com dificuldade. Dificilmente ganharia de um cego numa corrida a dois. Portanto, para maior eficácia deveriam também contar com alguém do lado que servisse de ponto de apoio.
Os paralíticos. Este terceiro grupo era o menos privilegiado. Apesar de possuir o sentido da visão eram totalmente dependentes de alguém. Os paralíticos ficavam em suas macas, não tinham capacidade por si só, em hipótese alguma de chegarem sozinhos ao tanque quando a agua se movimentasse. Os paralíticos não dependiam talvez de unicamente uma pessoa, mais duas ou mais para os locomoverem.
3. O DESAFIO DOS ENFERMOS
Esperar o mover das aguas (v4). Ninguém sabia ao certo quando exatamente o anjo movimentava as aguas. Isso significa que deveriam esperar por dias, e quem sabe, semanas.
Ter alguém que os ajudassem a chegar ao tanque. Muitos, no entanto, ficavam ali abandonados pois ninguém estaria disposto a passar tanto tempo, baseado numa expectativa muitas vezes frustrante à espera do anjo, a não ser que fossem bem remunerados.
Ser um bom e um bravo competidor para que tivesse a capacidade de superar seus concorrentes.
Repetir a mesma trajetória todos os anos caso não recebesse a cura, visto ser aquela a única esperança.
4. A APLICAÇÃO Lições principais ensinadas pelos enfermos
A lição da paciência diante do caos
A lição da esperança. Mesmo diante da quase impossibilidade eles estavam sempre ali lutando por um milagre.
A lição da perseverança. O paralítico havia 38 anos estava naquela condição, mais sempre alimentava a esperança da cura.
A lição da auto superação. Mesmo vivendo em uma situação crítica os enfermos se superavam a cada dia.
Lições extraídas do evento em geral
Um sistema religioso deficiente. Um sistema religioso deficiente gera uma massa deficiente. Os enfermos não estavam preocupados com a origem da cura, mas em ser curados. Sua atenção não estava voltada para Deus, mais para o movimento das águas. Eles estavam presos ao meio que Deus usava para curar e não o que Curava.
Na dispensação da graça a Igreja intermedia as bênçãos de Deus, e unicamente a igreja. Quando objetos, coisas, passa a intermediar as bênçãos divinas para a igreja e os perdidos, deixa de ser um cristianismo bíblico e passa a ser um cristianismo adulterado, mitizado, supersticioso.
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