INTRODUÇÃO
Compreende-se pela vida, o tempo que vai desde o nascimento de um ser até o momento de sua morte.
Para a biologia no entanto, e para nós cristãos, a vida de uma pessoa não começa exatamente no momento do nascimento, mas no momento da concepção no útero materno, quando o gameta masculino, “o espermatozoide”, fecunda o gameta feminino, “o óvulo”.
Deus acompanha todo o processo da vida, desde sua gênese no ato da fecundação até o momento em que ela é encerrada pela intervenção da morte (Sl 139.14-16). Desta forma a morte é encarada não como um vilão que dizima as esperanças e frustra os planos dos homens, mas como uma parte inerente a vida. De uma forma geral a vida de qualquer ser é marcada por três fases principais: origem ou nascimento, crescimento e morte. Estes três processos definem de uma geral o conceito de vida.
Na perspectiva bíblica a vida é considerada uma dádiva de Deus. Mas não simplesmente vida para viver (como se viver fosse o único propósito da existência), mas, como um recurso que é concedido para atender a um propósito pré-estabelecido.
O que precisamos entender sobre este recurso de Deus é que ele possui algumas limitações; ele é frágil é possui data de validade. Para que se consiga alcançar os resultados esperados é necessário entender o que, onde e como este recurso foi previamente destinado para ser usado. Isso implica em entender e compreender o verdadeiro propósito da vida, e isso só é possível quando entendemos a vontade de Deus para a vida da humanidade e para a vida de cada indivíduo (Ef 5.17).
Desta forma o crente deve encarar a vida não somente como uma oportunidade de pertencer ao mundo dos viventes, mas, como uma oportunidade de construir algo para alguém. No caso construir o Reino de Deus para Deus.
Os esforços desta vida não devem ser empregados para um propósito egoísta, isso é, esforçar para viver e construir para si, mas viver algo e com alguém para construir para alguém.
Vivemos para acrescentar valores a vida de alguém: pais, filhos, cônjuge, amigo, e o próximo etc., mas tudo deve ser feito conforme a perspectiva do Reino.
Nesse processo sempre nos valemos de algo ou de alguém, para beneficiar alguém. Todo este esforço, quando executado na perspectiva correta, acabará por fim sendo um esforço em benefício próprio, pois Deus preparou a vida eterna para aqueles que vivem para o seu Reino, uma vida marcada por benefícios inexprimíveis. O resultado será sempre na medida daquilo que se edifica no presente, durante este tempo que chamamos de vida.
A vida na perspectiva bíblica é, portanto, uma missão divina, que envolve privilégio “oportunidade de construir”, gestão “administração”, e por fim responsabilidade, pois tudo isso terá prestação de contas. Portanto, resumimos o conceito de vida como uma oportunidade para “construir”, usando um recurso limitado, num determinado tempo.
O tempo está intrinsecamente relacionado a vida. Ambas as palavras podem ser vistas como sinônimos dependendo do que se queira frisar. O tempo define a vida, e a vida define o tempo.
1. Figuras bíblicas usadas para representar a brevidade da vida.
A brevidade da vida nas Escrituras, é entendida não sob a perspectiva comum da vida humana, mas da vida infinita ou eterna daquele que é do dono da vida, Deus: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite” (Salmos 90:4).
As figuras bíblicas usadas para representar a brevidade da vida pretendes aludir algumas verdades sobre ela, sua brevidade.
A. Sombra – 1 Cr 29.15; Pv 8.9; Jó 8.9; 14.2; Sl 102.11; 144.4.
B. Flor – Jó 14.2; 1 Pe 1.24,25; Sl 103.15
C. Erva – Sl 102.11; Is 40.6-8; 1 Pe 1.24; Sl 90.5; Sl 103.15,17
D. Sopro – Jó 7.7; 144.4
E. Sono – Sl 90.5
F. Conto ligeiro (Sl 90.9)
G. Vapor (Tg 4.14)
Alguns veem nessas figuras um exemplo de futilidade e efemeridade, no entanto, quando a vida do homem é comparada usando-se destas alegorias não se pretende afirmar que a vida humana é sem importância, sem sentido, mas que em relação a eternidade de Deus ela é brevíssima. Todas estas figuras explicita o aspecto daquilo que é breve, aleatório, esporádico. O fato de a vida ser breve não deve ser encarado como motivo para desesperos, apreensões, preocupações; mas como uma alerta de que não devemos desperdiçá-lo com aquilo que não é relevante.
TODOS RECEBEM UMA PORÇÃO DO TEMPO
A. Uma pequena porção do tempo é dispensado a todos.
Deus concedeu a todos os viventes, certa porção deste tempo; alguns receberam uma porção maior e outros uma porção menor. O simples fato de pararmos para refletir sobre quem eventualmente pode ter recebido mais ou menos tempo, já é contado como desperdício de tempo. Pois isso nem sempre é determinado por fatores visíveis ou externos, mas por um conceito que parece se confundir com um destino.
B. O tempo de vida na perspectiva bíblica não deve ser encarado como um tempo relativamente breve ou extenso demais, mas suficiente.
- O ocioso encara a vida como um tempo relativamente pequeno. Tem expectativas para além do tempo de vida - O sem expectativa - vê a vida como um fardo pesado, relativamente extenso. O TEMPO, AMIGO OU INIMIGO DO HOMEM.
Nossa vida pode ser encarada como uma corrida contra ou a favor do tempo, dependendo de como a encaramos ou das circunstâncias que nos cercam.
Devemos pontuar algumas coisas importantes sobre o tempo.
· Não teremos tempo para fazer tudo, então busque priorizar aquilo que realmente é prioridade em sua vida. Para isso é necessário antes de qualquer coisa definir um projeto de vida, isso é “objetivos e metas”.
· Todos os vivos ainda têm tempo para realizar algo, pelo menos até que o próprio tempo diga o contrário. Então sejamos precisos na escolha de nossa próxima ação.
· Viver a vida é sempre viver para alguém e para algo, todavia o alguém sempre deve vir antes do algo. (Alguém) Deus, família, amigos, nosso semelhante. (Algo) dinheiro, bens, propriedades etc.
Devemos encarar as coisas sempre como meios para alcançarmos ou beneficiarmos alguém e nunca como o fim.
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